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O anjo loiro


Talvez hoje, os fãs mais modernos não se recordem desse nome, mas sobre os pés de Sávio repousavam as esperanças dos torcedores brasileiros, sobretudo dos flamenguistas, para guiar a geração pós 94. Não é pra menos. Surgido na Desportiva Ferroviária no Espírito Santo, Sávio foi para a Gávea em 1988, ainda aos 14 anos. Com o tempo, foi ganhando ainda mais habilidade e com dribles desconcertantes, vestindo o terno do Flamengo num corpo franzino, não demorou para receber o apelido de “Novo Zico” (talvez o primeiro de uma geração a ganhar esse título). Sávio alcançou o auge de sua carreira no Flamengo em 95 quando formou, junto com Romário e Edmundo, o “melhor ataque do Mundo”. Mesmo que, esse auge e esse trio, fosse o derradeiro ato em sua passagem pelo clube carioca. Ainda que a mídia e a torcida idolatrassem esse ataque, não foram poucos os problemas vividos por eles, sobretudo por Sávio, o menos badalado dos três. Foram algumas brigas por causa de ego. Por exemplo, Sávio cedeu a camisa 11 à estrela maior do elenco, o que o deixou contrariado. Romário, por sua vez, não estava contente em dividir a atenção no elenco com Sávio. Para o jogador capixaba, foram dois anos de convivência com a maior estrela do futebol nacional para ser esquecidos. Em 1997 “perdeu” a disputa com Romário no Flamengo e foi transferido para o Real Madrid, onde talvez tenha ganhado suas maiores conquistas, mesmo não fazendo parte dos times titulares nesses títulos: Sávio, sempre franzino, frequentemente se via em contusão, o que não lhe rendia uma boa sequência no time merengue. Ainda assim, Sávio foi, até sua passagem, o segundo brasileiro que mais vestiu a camisa do time de Madrid, perdendo apenas para Roberto Carlos – futuramente ainda seria superado por Marcelo. Em 2002 foi emprestado ao Bordeaux, da França. Depois de cinco temporadas pertencendo ao Real Madrid, foi vendido para o Real Zaragoza, onde recuperou sua forma física e encheu a torcida de esperança quando liderou o time nas conquistas da Copa do Rei e da Supercopa em 2004, o que lhe rendeu o apelido de “Galáctico de Zaragoza”. Sua despedida do time em 2006 foi histórica, com a torcida o ovacionando. Foi imortalizado no time com a sua entrada para o Hall de ídolos do clube. “Iniciou o fim” de sua carreira logo depois, voltando para o time de coração, o Flamengo. Mas numa passagem pífia: 10 jogos e nenhum gol. Voltou à Espanha no ano seguinte, mas se viu forçado a voltar para a terra natal. Por motivos familiares esteve em Vila Velha, no Espírito Santo e por lá voltou a jogar no seu primeiro time de base, o Desportiva. Resolvido suas questões, voltou à Europa, para jogar no Chipre, num time chamado Anorthosis, que disputaria a Champions de 2008-2009. Fez boas partidas, mas claro, sem muito destaque internacional. Encerrou sua carreira em 2011, depois de uma breve passagem pelo Avaí. Por que jogava de terno? Bom, na década de 90 eram poucos os que poderiam ser comparados a Zico. Atacante rápido, driblador, que jogava o fino do futebol. Despertou uma certa idolatria numa das maiores torcidas do país não à toa. Formou um trio invejável no Flamengo com Romário e Edmundo, mesmo que a parceria tenha se mostrado fracassada anos depois. Sávio foi um dos protagonistas do futebol nacional na década de 90 e sabemos, isso significava muito! 🚹 Sávio Bortolini Pimentel 👶 9 de janeiro de 1974 (42 anos) 🏠 Brasileiro 👕 Flamengo, Real Madrid, Bordeaux, Real Zaragoza, Real Sociedad, Levante, Desportiva Ferroviária, Anorthosis Famagusta-Chipre, Avaí, Seleção Brasileira 🏆 Campeonato Brasileiro 92 (Flamengo); Champions League 97/98, 99/00, 01/02 e Supercopa Europeia 02 (Real Madrid); Copa del Rey 03/04 (Real Zaragoza); Torneio pré-olímpico 96 e Medalha de bronze nas Olimpíadas de Atlanta 96 (Seleção Brasileira) 👑 Artilheiro da Copa do Brasil 95 (Flamengo) e da Copa del Rey 99 (Real Madrid) Classômetro: 👔👔👔👔👔👔 (6,1)

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