Do Galo ao mundo
Toninho começou sua carreira nos gramados nas categorias de base do Atlético-MG, sendo emprestado posteriormente para o Nacional de Manaus em 1974. No ano seguinte, volta ao Galo para se consagrar como um grande jogador, substituindo Wanderley Paiva, até então titular absoluto do clube mineiro. Um dos maiores ídolos do Atlético, Toninho Cerezo atuava como volante, e se destacou em uma década com a camisa alvinegra como um classudo, de passe refinado e completamente cerebral. Na seleção Cerezo foi convocado para a Copa de 78, mas teve uma atuação apagada, sendo substituído em alguns jogos por marcadores como Batista e Chicão. Já em 82, o craque mineiro seria marcado por uma falha em um recuo de bola, no fatídico jogo contra a Itália no Estadi de Sarrià. Marcado pela imprensa brasileira, principalmente a carioca, Cerezo foi massacrado publicamente pós derrota. Mas na mesma Copa formou um meio de campo lendário, lembrado até hoje como um dos melhores da história do futebol ao lado de Falcão, Sócrates e Zico (Falcão e Zico contém suas análises no Joga de Terno) No ano de 1983, se transferiu para a Roma da Itália, fazendo a maior transação do futebol brasileiro até então. Foi campeão da Copa da Itália ao lado de Falcão. Já na Sampdoria teve ainda mais sorte para levantar canecos, tendo como maior destaque a Recopa Européia, a conquista do inédito Campeonato Italiano para o clube genovês e o tri da Copa da Itália. No retorno ao Brasil assinou com o São Paulo. Toninho que foi lançado no Atlético por Telê Santana, reencontrava o mestre na capital paulista. No Tricolor, Cerezo já com a idade avançada se destacou por sua experiência. Logo no início de sua passagem ajudou na conquista do Mundial sobre o Barcelona e no ano seguinte fazendo a vez de Raí, recém-transferido para o PSG da França, Cerezo ditou o ritmo do Clube da Fé no bi campeonato mundial sobre o Milan. Sendo considerado o melhor em campo e levando pra casa a chave do Toyota. De volta a Minas Gerais o já consagrado ídolo atleticano assina com o Cruzeiro, causando atrito com a torcida alvinegra. Mas para alegria da massa, encerraria sua carreira em 97 no seu clube formador. Por que jogava de terno? Ídolo por quase todos os times que passou, “o patrão da bola” jogava fácil, um clássico meio campo dos anos 70 e 80. Não a toa teve destaque no São Paulo na primeira metade dos 90 aonde já com dificuldades físicas se sobressaiu em cima do poderoso Milan. Além de toda facilidade com a bola no pé, Cerezo se destacou por seu respeito aos companheiros e adversários. 🚹 Antônio Carlos Cerezo 👶 21 de abril de 1955 (60 anos) 🏠 Brasileiro 👕 Atlético-MG, Nacional-AM, Roma, Sampdoria, São Paulo, Cruzeiro, Lousano Paulista, Atlético-MG, América-MG, Atlético-MG 🏆 (principais como jogador) Copa da Itália 84, 86 (Roma) Copa da Itália 88, 89 e Campeonato Italiano 91 (Sampdoria); Copa Libertadores da América 93; Mundial de Clubes 92,93 (São Paulo) 👑 Bola de Ouro (Placar) 77, 80; Bola de Prata (Placar) 76, 77, 80 ; Melhor Jogador do Mundial de Clubes 93. Classômetro 👔👔👔👔👔👔👔 (7,5)