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"Ahhhhhhhh, é Edmundo!"


Edmundo Alves de Souza Neto nunca teve dúvidas de que iria brilhar no Vasco da Gama, do qual sempre se declarou torcedor. Talentoso, não levaria muito tempo para atingir seu sonho. E ele começou a se realizar em 1992: Edmundo é lançado como titular pelo técnico Nelsinho Rosa, fazendo dupla com o já consagrado Bebeto. Sua estréia pelo Vasco é marcante e, mesmo não marcando, é decisivo na vitória por 4 a 1 sobre o Corinthians em pleno Pacaembu, pelo Campeonato Brasileiro. As grandes atuações com o terno vascaíno o levam a seleção Brasileira no mesmo ano. Em 1993, transfere-se para o Palmeiras num negócio envolvendo cerca de US$ 2 milhões. No time alviverde, não demorou a cair nas graças da torcida. Com muita raça, Edmundo ajudaria o Palmeiras a se livrar de um incômodo jejum de títulos ao conquistar o Paulista de 1993 sobre o arquirrival Corinthians. Ainda em 1993, é campeão do torneio Rio-SP e do Campeonato Brasileiro. Recebe a bola de Prata da Revista Placar como um dos melhores atacantes do país e começa a marcar seu nome na história. No ano seguinte é bi campeão paulista e brasileiro. Com nomes como Evair, Rivaldo, Zinho e Roberto Carlos é membro de um dos maiores esquadrões da história palmeirense. É em São Paulo, graças ao locutor Osmar Santos, que Edmundo ganha o apelido que levaria por toda a carreira: Animal. O apelido, graças aos seus dribles e gols, ganha também significado pejorativo graças ao seu temperamento. Após brigas com o técnico Vanderlei Luxemburgo e com companheiros de equipe, não aceita a proposta de renovação de contrato e desembarca no Rio de Janeiro para jogar pelo Flamengo. No clube carioca forma o "ataque dos sonhos" com seu amigo Romário e o jovem Sávio. Porém, não consegue repetir o sucesso com a camisa rubro-negra e declara tempos depois que "deu muito pouco para a torcida do Flamengo". O " ataque dos sonhos" fracassa e Edmundo é emprestado no fim de 1995 para o Corinthians. Grande aposta para a Libertadores de 1996, ele não decepciona e coleciona 32 gols no primeiro semestre, mas não consegue evitar a eliminação na competição sul americana para o Grêmio nas quartas-de-final. Após mais desavenças com companheiros de equipe, volta ao Vasco para o grande ano de sua carreira. "Em 1997, Edmundo só faltou chover". No Carioca, o Vasco é derrotado pelo Botafogo na grande final, mas é no Campeonato Brasileiro que Edmundo se consagra: reedita dupla com Evair e ao lado de jovens estrelas como Pedrinho, Felipe e Juninho, marca 29 gols, superando o recorde do atleticano Reinaldo que já durava 20 anos. Marca seis vezes na vitória por 6 a 0 contra o União São João (outro recorde) e três no 4 a 1 sobre o rival Flamengo nas semifinais, jogos que marcam a campanha vascaína. É campeão e condecorado como o craque do campeonato. E há quem diga mais: Edmundo só faltou ganhar o de melhor jogador do mundo de 1997. Depois da estupenda temporada é vendido para a Fiorentina, onde também é destaque formando ataque com o argentino Batistuta. Mas também coleciona confusões fora de campo e em 1999, abandona o clube para curtir o carnaval carioca. É o fim da linha e a volta para o Vasco é anunciada por US$ 15 milhões, a maior transferência já paga por um clube brasileiro até então. Em 2000, reedita dupla com Romário, agora desafeto declarado. Inicialmente tolera seu antigo amigo, acreditando na promessa do presidente Eurico Miranda de que Romário só disputaria o Mundial de Clubes da FIFA. A promessa não é cumprida e Romário permanece no clube. Pior: a faixa de capitão vai para o Baixinho, que ainda dá a alcunha de "bobo da corte" para Edmundo, que é então emprestado a Santos e depois ao Napoli, da Itália. Em 2001 consegue o direito por seu passe e assina pelo Cruzeiro, mas é mandado embora após perder pênalti contra o Vasco e declarar que "esperava não fazer gol" contra o ex clube. Passa por times japoneses antes de voltar ao Vasco mais uma vez, em 2003. Depois de atrasos de salário, se transfere no início de 2004 para o rival Fluminense, onde reedita mais uma vez dupla com Romário, agora novamente seu amigo. Depois de um ano, é dispensado e passa por Nova Iguaçu e Figueirense, onde novamente se destaca no Campeonato Brasileiro de 2005. Suas atuações o levam de volta ao Palmeiras onde alterna bons e maus momentos, mas não perde a idolatria da torcida. Em 2008, volta ao Vasco da Gama para se despedir do futebol onde tudo começou: na Colina histórica. Edmundo é considerado a grande revelação do Vasco nos anos 90 e um dos maiores ídolos da história do clube. Por que jogava de terno? Edmundo foi ídolo de duas das maiores torcidas do Brasil. Foi artilheiro, craque e um dos últimos resquícios do futebol da década de 90: falava muito, mas chegava em campo e fazia ainda mais. Sua técnica e seu faro de gol jamais serão esquecidos por palmeirenses e vascaínos, e nem pelos apaixonados por futebol. 🚹 Edmundo Alves de Souza Neto 👶 2 de Abril de 1971 (44 anos) 🏠 Brasileiro 👕 Vasco da Gama, Palmeiras, Flamengo, Corinthians, Fiorentina, Santos, Napoli, Cruzeiro, Tokyo Verdy, Urawa Reds, Fluminense, Nova Iguaçu, Figueirense e Seleção Brasileira 🏆 (principais) Campeonato Brasileiro 93 e 94 (Palmeiras), Campeonato Brasileiro 97 (Vasco da Gama), Copa América 97 e Copa das Confederações 97 (Seleção Brasileira) 👑 Bola de Ouro da Revista Placar 97; Bola de Prata da Revista Placar 93 e 97; Chuteira de Ouro 97 Classômetro: 👔👔👔👔👔👔👔👔 (8)

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